Ainda hoje Capitães da Areia
Na época em que o livro foi escrito o autor narrava histórias de meninos abandonados que viviam à margem da sociedade, que eram temidos como se fossem homens muito perigosos, mas, que, além de tudo tinham sentimentos, sonhos, desejos... E hoje ainda há Capitães da Areia? Quem são eles? Onde vivem? O que fazem? Como são tratados?
Tantas perguntas e uma certeza: hoje ainda temos Capitães da Areia e não só abandonados. Na sociedade em que vivemos hoje podemos reconhecer muitos Pedros-Bala, Professores, Sem-Pernas, Pirulitos...
Infelizmente a época é outra, a evolução global é rápida, mas o problema continua o mesmo, porém com uma diferença considerável: muitos tem pai, mãe, irmãos, “família”, estudam e até trabalham.
A sociedade mudou em relação àquela época e com ela os requisitos para ser Capitão da Areia. Quantas crianças e jovens vivem “abandonados” no meio da própria família ( e nem sempre a famílía é pobre), quantas mães trocam o zelo, o cuidado e o carinho para com seus filhos por outros prazeres, outras razões injustificáveis.
Há ainda as mães que os abandonam para que tenham uma vida melhor, pena que nem sempre isso dá certo.
E aquelas que os filhos abandonam para fugir das surras, para viver nas drogas...?
Se quisermos conhecer melhor os “nossos Capitães da Areia”, de hoje basta ligar a TV e assistir ao noticiário da noite ou àquele documentário que a TV mostra orgulhosa de ter feito um trabalho bem feito, “ verdade nua e crua”, mas que se esquece de fazer e incentivar a população a fazer alguma coisa.
Tem também os Capitães da Areia do nosso bairro ou da nossa cidade, aqueles que, POR EXEMPLO, começam cedo sua vida no tráfico, no roubo e que não conseguem deixar essa vida porque todos tem medo, ninguém quer “problema” ou até porque ninguém se aproxima deles.
Mas não podemos esquecer daqueles que consideramos Capitão da Areia, como por exemplo, quando a gente passa na rua e vê crianças catando papelão, já sujas do trabalho árduo, com o rosto sofrido de pequenos homens que não podem brincar se quiserem comer e que a gente passa vê, se compadece por um instante e não chega perto porque tem medo de ser mais m “trombadinha”.
Parece que , na verdade, o problema dos Capitães da Areia continua o mesmo, claro que com alguns aperfeiçoamentos que o tempo e as pessoas trataram de fazer esquecendo-se que esses meninos não são apenas abandonados, sozinhos, “ladrões”, SÃO PESSOAS, tem sentimentos, sonham desejam, sentem falta de gente ao seu lado, de conforto, de amor.
Mas e você já encontrou um Capitão da Areia hoje???
POR MÁRCIA VILELA
Blog Educacional - Este Blog é resultado do Trabalho Colaborativo entre as alunas do 6° Período de Letras da FAFIMA - Macaé.
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sexta-feira, 5 de novembro de 2010
Intertextualidade
O filme "Última parada 174 " dirigido por Bruno Barreto,relata a vida de Sandro um dos protagonista da trama. Sandro um morador de rua que sobreviveu a Chacina da Candelária, vive cometendo furtos e assaltos, e a rua representa sua moradia. O diretor Bruno Barreto relatou de uma maneira intrigante e dinãmica a versão dos fatos sobre o olhar de Sandro que anos depois manteve refém passageiros do ônibus 174 no Rio de Janeiro. Esse acontecimento repercutiu de uma maneira triste nos jornais e revista do Brasil inteiro, causando indignação e tristeza para a população brasileira. No filme" Última para 174" relata a vida e o pensamento de crianças que moram na rua, e como essas ficam longe de sentimentos como respeito e carinho, para elas isso não existe, parece algo distante de suas vidas. O fim que teve Sandro sobrevivente da candelária, quando teve a triste idéia de sequetrar o ônibus 174. O protagonista do filme representou a rotina de crianças que se refugiam nas ruas para esquecerem suas vidas excluidas e abandonadas pela sociedade. O protagonista Sandro do filme, remete ao personagem Perdro Bala de "capitães da Areia ", livro de Jorge Amado, que narra histórias de crianças que vivem na rua, cometendo furtos e roubos, e sofrem pelo abandono da sociedade e da falta de amor que não tiveram . Observa-se que a mesma personalidade que jorge Amado descreve Pedro Bala e a mesma que permeia a vida de Sandro no filme. O abandono a e falta de carinho provocam, no ser humano um despreso e não apego a sentimentos que julgamos nobres. Esses sentimentos são excluidos da vida de um menor abandonado..
CRIANÇAS BOAZINHAS VÃO PARA O CÉU AS MÁS VÃO À LUTA
CRIANÇAS BOAZINHAS VÃO PARA O CÉU AS MÁS VÃO À LUTA
“O que ele queria era felicidade, era alegria, era fugir de toda aquela miséria, de toda aquela desgraça que os cercava e os estrangulava. Havia, é verdade, a grande liberdade das ruas. Mas havia o abandono de qualquer carinho, a falta de todas as palavras boas.”
O texto acima nos remete ao livro de Jorge Amado, Capitães da areia, publicado em 1937, ao filme de François Truffat, Os incompreendidos, exibido em 1959, e a realidade vivida e sentida por centenas de crianças de rua, nos dias de hoje. Será que o leitor tem idéia de onde vem esse texto? Quando ele foi escrito? Está certo quem optou por Capitães da areia, apesar de parece surreal que na década de 30, nosso grande escritor, consiga falar uma realidade atual e principalmente universal. Menores abandonados? Moleques? Excluídos? Pivetes? Trombadinhas? Vagabundos? Incompreendidos? Malandros? Ladrões? Perigosos?... Tantos nomes por apenas uma condição social, a de serem abandonadas, rejeitadas, sem escolhas essas crianças vivem em um mundo paralelo a realidade, um submundo, que lhes dá garantia de “vida”, ou melhor, lhes dá garantia de sobrevivência, pois essas crianças não vivem, somente sobrevivem. Roubar, extorquir, enganar, machucar e até mesmo matar são a rotina desses infelizes. Vivem com suas próprias leis, regras, seus próprios desafios, seus próprios medos, aonde a violência, a fome, a discriminação, a promiscuidade, o homossexualismo, a mentira invadem suas infâncias, sem o menor constrangimento, a dignidade lhes é arrancada muito cedo, o medo lhes é parceiro do dia-dia, a revolta uma constante martelada, a luta pela sobrevivência, um risco diário e a ausência de carinho, uma dolorosa verdade. Sem referências essas crianças vivem a margem de uma sociedade que as desprezam. Sem opções, são tratados como ladrões e acabam se tornando até mesmo assassinos. Porém em todos, sem exceção, existe a angústia da ausência de um lar, de ter alguém que dê colo, um carinho, um beijo se quer. Em Capitães da areia, que de tão atual, chega a ser assustador, vemos a luta pela sobrevivência de um grupo de crianças baianas, liderados por Pedro Bala nas ruas desde os cinco anos, cuja agilidade sugerida pelo apelido, merece especial atenção, vemos Volta Seca, um menor mulato sertanejo, que viera da caatinga, tinha ódio das autoridades e sonhava se tornar cangaceiro tinha como ídolo, Lampião, o que não difere dos atuais “Voltas Secas” que tem ódio das autoridades, sonham se tornar traficantes e tem como ídolos, Marcola, Fernandinho Beira Mar, as histórias se repetem. A figura feminina mais expressiva do livro, é Dora que acaba sendo o único referencial feminino, tornando-se assim mãe para uns, irmã para outros e mulher, para Pedro Bala. François Truffat, diretor de Os incompreendidos, respondeu em uma entrevista o sentimento real não só do personagem, Antoine, mas o sentimento em que viviam as crianças de Jorge Amado e o sentimento em que vivem as crianças de rua atualmente. “– Fico muito surpreso quando me dizem que se trata da solidão de uma criança. É exatamente isso o que eu queria.” (Eduardo Veras, Agência RBS) No filme, vemos Antoine, um menino de 14 anos que apesar de ter família não se sente querido, amado ou recebe qualquer carinho, ao contrário, mãe, padastro, professor, o tratam com desprezo, chamando-o sempre de mentiroso fazendo assim com que ele encontre nas ruas um refúgio. O tempo passa, mas a condição continua a mesma. Sabemos que essa é exatamente a condição de muitas crianças de rua. Podemos perceber com isso que em qualquer época, em qualquer lugar, sem amor, sem fraternidade, sem carinho não se constrói cidadãos, são construídos... menores abandonados? Moleques? Excluídos? Pivetes? Trombadinhas? Vagabundos? Incompreendidos? Malandros? Ladrões? Perigosos?
“O que ele queria era felicidade, era alegria, era fugir de toda aquela miséria, de toda aquela desgraça que os cercava e os estrangulava. Havia, é verdade, a grande liberdade das ruas. Mas havia o abandono de qualquer carinho, a falta de todas as palavras boas.”
O texto acima nos remete ao livro de Jorge Amado, Capitães da areia, publicado em 1937, ao filme de François Truffat, Os incompreendidos, exibido em 1959, e a realidade vivida e sentida por centenas de crianças de rua, nos dias de hoje. Será que o leitor tem idéia de onde vem esse texto? Quando ele foi escrito? Está certo quem optou por Capitães da areia, apesar de parece surreal que na década de 30, nosso grande escritor, consiga falar uma realidade atual e principalmente universal. Menores abandonados? Moleques? Excluídos? Pivetes? Trombadinhas? Vagabundos? Incompreendidos? Malandros? Ladrões? Perigosos?... Tantos nomes por apenas uma condição social, a de serem abandonadas, rejeitadas, sem escolhas essas crianças vivem em um mundo paralelo a realidade, um submundo, que lhes dá garantia de “vida”, ou melhor, lhes dá garantia de sobrevivência, pois essas crianças não vivem, somente sobrevivem. Roubar, extorquir, enganar, machucar e até mesmo matar são a rotina desses infelizes. Vivem com suas próprias leis, regras, seus próprios desafios, seus próprios medos, aonde a violência, a fome, a discriminação, a promiscuidade, o homossexualismo, a mentira invadem suas infâncias, sem o menor constrangimento, a dignidade lhes é arrancada muito cedo, o medo lhes é parceiro do dia-dia, a revolta uma constante martelada, a luta pela sobrevivência, um risco diário e a ausência de carinho, uma dolorosa verdade. Sem referências essas crianças vivem a margem de uma sociedade que as desprezam. Sem opções, são tratados como ladrões e acabam se tornando até mesmo assassinos. Porém em todos, sem exceção, existe a angústia da ausência de um lar, de ter alguém que dê colo, um carinho, um beijo se quer. Em Capitães da areia, que de tão atual, chega a ser assustador, vemos a luta pela sobrevivência de um grupo de crianças baianas, liderados por Pedro Bala nas ruas desde os cinco anos, cuja agilidade sugerida pelo apelido, merece especial atenção, vemos Volta Seca, um menor mulato sertanejo, que viera da caatinga, tinha ódio das autoridades e sonhava se tornar cangaceiro tinha como ídolo, Lampião, o que não difere dos atuais “Voltas Secas” que tem ódio das autoridades, sonham se tornar traficantes e tem como ídolos, Marcola, Fernandinho Beira Mar, as histórias se repetem. A figura feminina mais expressiva do livro, é Dora que acaba sendo o único referencial feminino, tornando-se assim mãe para uns, irmã para outros e mulher, para Pedro Bala. François Truffat, diretor de Os incompreendidos, respondeu em uma entrevista o sentimento real não só do personagem, Antoine, mas o sentimento em que viviam as crianças de Jorge Amado e o sentimento em que vivem as crianças de rua atualmente. “– Fico muito surpreso quando me dizem que se trata da solidão de uma criança. É exatamente isso o que eu queria.” (Eduardo Veras, Agência RBS) No filme, vemos Antoine, um menino de 14 anos que apesar de ter família não se sente querido, amado ou recebe qualquer carinho, ao contrário, mãe, padastro, professor, o tratam com desprezo, chamando-o sempre de mentiroso fazendo assim com que ele encontre nas ruas um refúgio. O tempo passa, mas a condição continua a mesma. Sabemos que essa é exatamente a condição de muitas crianças de rua. Podemos perceber com isso que em qualquer época, em qualquer lugar, sem amor, sem fraternidade, sem carinho não se constrói cidadãos, são construídos... menores abandonados? Moleques? Excluídos? Pivetes? Trombadinhas? Vagabundos? Incompreendidos? Malandros? Ladrões? Perigosos?
quinta-feira, 4 de novembro de 2010
Fatos e Dados
Violência doméstica atinge crianças
No mês em que se lembra o Dia Internacional das Crianças Vítimas de Agressão (4 de junho), dados do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) apontam para um horizonte desanimador no combate à violência infantil. De hora em hora uma criança morre torturada, queimada ou espancada pelos próprios pais em todo o mundo.
No Brasil, a violência dentro de casa é a que mais vitima crianças e adolescentes. De acordo com a Sociedade Internacional de Prevenção ao Abuso e Negligência na Infância, 12% das 55,6 milhões de crianças brasileiras menores de 14 anos são vítimas anualmente de alguma forma de violência doméstica. Em média, 18 mil crianças são agredidas por dia, 750 violentadas por hora e 12 vítimas de agressão por minuto.
As mais afetadas são meninas entre sete e 14 anos, que sofrem principalmente de abuso sexual. Já a violência física atinge tanto os meninos quanto as meninas. Além da agressão corporal, o abandono, a negligência e a violência psicológica também fazem centenas de vítimas todos os dias nas famílias brasileiras.
Segundo a psicóloga do Centro Regional de Atenção aos Maus Tratos na Infância (Crami) Jaqueline Soares Magalhães Maio, a questão cultural é a que mais se relaciona com a violência infantil. Para ela, a cultura da família brasileira possibilita que os pais se excedam sobre o filho com total isenção e com a prerrogativa de educar.
“A gente ainda tem aquela cultura de que o pai e a mãe são proprietários do filho e podem fazer com ele o que bem entenderem, porque os próprios pais foram educados assim. Se o filho faz alguma coisa errada, apanha. E o que começa apenas com um tapinha vai evoluindo para uma cintada, até chegar num espancamento”, disse.
Entre os principais fatores geradores de violência física doméstica, de acordo com a Sociedade Internacional, está a crença dos pais na punição corporal dos filhos como método educativo; a visão das crianças e adolescentes como objetos de sua propriedade e não como um sujeito de direitos; a baixa resistência ao estresse por parte do agressor, que desconta o cansaço e os problemas pessoais nos filhos; o uso de drogas e o abuso de álcool e problema psicológicos e psiquiátricos.
Segundo o Unicef, os agressores mais comuns são, em sua maioria, os pais biológicos, que respondem por 70% das agressões deflagradas contra as crianças. O cônjuge que mais agride os filhos é a mãe, até mesmo por passar boa parte do tempo com eles. Entretanto, as lesões mais graves são causadas pelo pai, por conta da força física.
Cumplicidade
Em vigor desde julho de 1990, o Estatuto da Criança e do Adolescente tem como principais objetivos prevenir a agressão e amparar as crianças vítimas de violência. Em seu artigo 5º, o documento condena a omissão: “Nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer forma de negligência, discriminação, exploração ou violência, crueldade e opressão, punido na forma da lei qualquer atentado por ação ou omissão aos seus direitos fundamentais”.
“Se você se omite, também está indo contra o direito da criança e do adolescente, que é o caso de uma mãe cúmplice ou de um profissional que não denuncia”, explicou a psicóloga Jaqueline. Segundo ela, muitas mães concordam com o uso da força na educação do filho porque acham que o pai pode educar do jeito que quiser. “Muitas vezes a própria mãe é vítima [do marido] e fica na mesma condição da criança. Ela sofre ameaças e fica nessa posição de submissão. No caso de abuso sexual, tem mãe que sabe que o pai molesta o filho, mas finge que não [vê] porque não sabe lidar com a situação”, afirmou.
Para a psicóloga e professora em Pós-Graduação em Psicologia da Saúde na Universidade Metodista de São Paulo, Marília Vizzotto, a melhor forma de combater a violência infantil é a prevenção. “Acredito muito mais na prevenção porque abarca cuidados maternos, amamentação e cuidados com a criança na escola para que ela tenha uma boa educação”, disse.
Em caso de violência, o melhor procedimento a se tomar, segundo Marília, é a mãe, a professora ou os vizinhos procurarem o Conselho Tutelar ou a Delegacia da Mulher, que já sabem lidar com esse tipo de ocorrência. Entretanto, completa Marília, “a maioria das crianças agredidas não chega ao Conselho ou às delegacias”. Segundo ela, “as mães dão mil desculpas, mas não levam os filhos”.
Fabio Leite (site http://www.metodista.br/cidadania/numero-21/)
Projeto ajuda crianças de rua em São Bernardo
De acordo com o artigo 70 do Estatuto da Criança e do Adolescente “é dever de todos prevenir a ocorrência de ameaça ou violação dos direitos da criança e adolescente”. Nesta missão, todos estão incluídos: Governo e sociedade.
Esta ação preventiva e de combate à violência infantil, no entanto, é feita, na maioria dos casos, por Organizações não-governamentais. Em São Bernardo do Campo, a ONG Projeto Meninos e Meninas de Rua existe desde 1983 para atender crianças e adolescentes que vivem “em situação de rua”, como gosta de observar a coordenadora do projeto em São Bernardo, Cidinéia Bueno Mariano.
O projeto surgiu para denunciar um grupo de extermínio de crianças que havia no centro da cidade. Na época, uma equipe de pessoas vinculadas à Pastoral do Menor, que reunia as igrejas Católica, Metodista e Presbiteriana Independente, resolveu ir às ruas para atender e proteger os meninos e meninas executados por matadores, contratados por comerciantes da região para intimidar adolescentes que praticavam pequenos roubos.
Em 1986, foi criado o Restaurante Comunitário, que oferecia refeições aos jovens, a horta comunitária e diversas outras atividades. Em 1990, a ONG lutou e ajudou a escrever o texto do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
Segundo Cidinéia, hoje o projeto presta atendimento para crianças e adolescentes em situação de rua, organiza os jovens moradores dos bairros periféricos, com o apoio de suas famílias, e promove a inclusão social. “Nós visamos sempre o retorno das crianças e dos adolescentes às suas famílias”, conta.
Os jovens atendidos são tanto aqueles que vivem na rua, pois não têm família ou não podem voltar para casa, quanto àqueles que “trabalham” na rua, como flanelinhas, engraxates, vendedores de bala e outros serviços.
“Ninguém é filho da rua. Então, primeiro tentamos que voltem para casa, trabalhando tanto com os jovens quanto com suas famílias. Se não der, procuramos outro lugar. Apenas, em último caso, eles são encaminhados para abrigos”, disse Cidinéia. De acordo com dados do último trimestre, foram atendidos no centro de São Bernardo cerca de 85 crianças e adolescentes que moram nas ruas e 189 que trabalham. As famílias também são atendidas. No mesmo período, 171 famílias foram ajudadas ou orientadas pela ONG.
Entre os atendimentos prestados estão apoio escolar, médico, oficina de teatro, dança, música e esporte. Para conseguir ajudar os adolescentes e manter os projetos, a ONG tem convênio com a Fundação Criança, da Prefeitura de São Bernardo, além de diversas outras instituições que ajudam o Projeto. A Universidade Metodista de São Paulo, por exemplo, ofereceu em março deste ano, um curso básico de informática para cerca de 75 jovens do projeto.
Outra ação é o bloco carnavalesco “Eu Reconheço o Estatuto da Criança e do Adolescente” (Eureca), existente há 15 anos, que conta com cerca de 3.500 jovens e educa a comunidade, com a divulgação de princípios cidadãos.
O Projeto Meninos e Meninas de Rua atua também em Guarulhos (SP), onde promove ações semelhantes com as crianças e adolescentes de rua da cidade.
Thiago Varella (site http://www.metodista.br/cidadania/numero-21/)
Uma pequena avaliação da obra
A obra Capitães da Areia foi escrita por Jorge Amado durante a primeira fase de sua carreira de onde podemos observar com nitidez a preocupação do autor com o contexto social baiano da época (época da ditadura militar), com um foco peculiar nos meninos de rua de Salvador. Em referência a esse período, o autor descreve as autoridades no geral e inclusive o clero como personagens opressores, com exceção ao Padre José Pedro que é um dos poucos que tenta ajudar os Capitães de Areia. Jorge Amado desenvolve sua trama, descrevendo o grupo Capitães da Areia como heróis atingindo o patamar de heróis como Robin Hood. A obra no geral tem predominância quanto às preocupações sociais, porém também vemos nitidamente como os problemas existenciais de cada um dos garotos do bando os fazem personagens únicos e corajosos, apesar de viverem em um contexto social de opressão.
A narrativa se desenrola no Trapiche (hoje Solar do Unhão e o Museu de Arte Moderna); no Terreiro de Jesus (na época era lugar de destaque comercial de Salvador); onde os meninos circulavam na esperança de conseguirem dinheiro e comida devido ao trânsito de pessoas que trabalhavam lá e passavam por lá; no Corredor da Vitória área nobre de Salvador, local visado pelo grupo porque lá habitavam as pessoas da alta sociedade baiana.
A narrativa se desenrola no Trapiche (hoje Solar do Unhão e o Museu de Arte Moderna); no Terreiro de Jesus (na época era lugar de destaque comercial de Salvador); onde os meninos circulavam na esperança de conseguirem dinheiro e comida devido ao trânsito de pessoas que trabalhavam lá e passavam por lá; no Corredor da Vitória área nobre de Salvador, local visado pelo grupo porque lá habitavam as pessoas da alta sociedade baiana.
quarta-feira, 3 de novembro de 2010
Clipe sobre o estatuto da infância e adolescência
Este clipe foi feito no intuito de informar sobre alguns pontos importantes encontrados no estatuto da infância e adolescência e fazer com abramos os olhos quanto aos problemas enfrentados pelas crianças que vivem na rua e/ou não tem condições dignas de existência.
Sinopse do filme "Os incompreendidos"
Antoine Doinel (Jean-Pierre Léaud) é o filho negligenciado de Gilberte Doinel (Claire Maurier), que parece ter tempo para tudo menos o bem-estar da criança. Julien Doinel (Albert Rémy) não é o pai biológico, mas cria o menino como se fosse seu filho. Gilberte está tendo um caso e não se surpreende quando, por acaso, Julien fica sabendo que Antoine não está indo à aula, pois ela sabia que na hora do colégio o filho a tinha visto com seu amante.
A situação se agrava quando Antoine, para justificar sua ausência no colégio, "mata" a mãe. Quando seus pais aparecem na escola, a verdade é descoberta e Julien o esbofeteia na frente de seus colegas. Após isto ele foge de casa e arruma um lugar para dormir. Paralelamente seus pais culpam um ao outro pelo comportamento dele, após lerem a carta na qual ele se despede. No outro dia Antoine vai à escola normalmente.
Lá sua mãe o encontra e se mostra preocupada por ele ter passado a noite em uma gráfica. Ela alegremente o aceita de volta, mas os problemas não acabam. Antoine se desentende com um professor, que o acusa de plagiar Balzac. Como ele odeia a escola, sai de casa de novo e para viver é obrigado a fazer pequenos roubos.
(www.odorocinema.com)
François Truffaut (Paris, 6 de Fevereiro de 1932 — Neuilly-sur-Seine, 21 de Outubro de 1984) foi um cineasta francês. Um dos fundadores do movimento cinematográfico conhecido como Nouvelle Vague e um dos maiores ícones da história do cinema do século XX, em quase 25 anos de carreira como diretor Truffaut dirigiu 26 filmes, conseguindo conciliar um grande sucesso de público e de crítica na maior parte deles. Os temas principais de sua obra foram as mulheres, a paixão e a infância. Além da direção cinematográfica, ele foi também roteirista, produtor e ator.
Infância
François Truffaut nasceu no início dos anos 1930, filho de Roland Lévy e Jeanine de Montferrand. O garoto jamais conheceu o pai biológico e foi criado pelos avós maternos - já que a mãe o rejeitara. O avô era um homem rígido, enquanto a avó despertou no menino a paixão pela literatura e música. Com sete anos, François viu o primeiro filme no cinema, Paradis perdu, de Abel Gance. Dali em diante, interessou-se assiduamente pela sétima arte. Aos 10 anos, François perdeu a avó e foi morar com a mãe, que estava casada com Roland Truffaut, um arquiteto católico.
Este acabou registrando o garoto com o seu sobrenome. Foi o período mais difícil da infância de Truffaut. Rechaçado tanto pelo pai adotivo quanto pela mãe, seu espírito rebelde transformou-o em um mau aluno na escola e induziu-o a cometer alguns atos de deliquência, como pequenos furtos. Esta fase de convívio com os pais inspiraria Truffaut em seu primeiro trabalho cinematográfico, o autobiográfico Os Incompreendidos/Os 400 golpes.
Naquele tempo, François Truffaut costumava matar aula para assistir a muitos filmes secretamente, muitas vezes com o colega de classe Robert Lachenay, seu grande amigo na infância. Aos 14, Truffaut abandonou a escola definitivamente e passou a viver de pequenos trabalhos e alguns furtos. A paixão pelo cinema fez o jovem Truffaut fundar, em 1947, um cine-clube, chamado "Cercle cinémane". Aquela era uma época de enorme efervencência cultural na França pós-II Guerra Mundial, e os cineclubes, lotados, eram o local para se assistir às projeções e discuti-las depois. Mas o "Cercle" não teria vida longa, já que ele concorria com o"Travail et culture", cine-clube do escritor e crítico de cinema André Bazin. Bazin soube que o "Cercle" estava à beira da falência e foi conhecer Truffaut. Sensibilizado com o menino cinéfilo, o crítico tornar-se-ia uma espécie de "pai" para François.
A influência de Bazin na vida de François Truffaut foi decisiva. O jovem tornou-se autodidata, esforçando-se para ver três filmes por dia e ler três livros por semana. Ele até chegou a fazer um acordo com o pai adotivo, que lhe custearia despesas derivadas de sua vida cinéfila.
Em troca, Roland Truffaut exigiu que François arrumasse um emprego estável e abandonasse o seu cine-clube de vez. Mas o garoto descumpriu o acordo, e Roland Truffaut internou-o em um reformatório juvenil de Villejuif, e passou sua custódia para a polícia. Os psicólogos do reformatório contactaram Andre Bazin, que prometeu dar um emprego a François no "Travail et culture". Sob liberdade condicional, Truffaut foi internado em um lar religioso de Versailles, mas seis meses depois foi expulso por mau.
(pt.wikipedia.org/wiki/François_Truffaut)
Este acabou registrando o garoto com o seu sobrenome. Foi o período mais difícil da infância de Truffaut. Rechaçado tanto pelo pai adotivo quanto pela mãe, seu espírito rebelde transformou-o em um mau aluno na escola e induziu-o a cometer alguns atos de deliquência, como pequenos furtos. Esta fase de convívio com os pais inspiraria Truffaut em seu primeiro trabalho cinematográfico, o autobiográfico Os Incompreendidos/Os 400 golpes.
Naquele tempo, François Truffaut costumava matar aula para assistir a muitos filmes secretamente, muitas vezes com o colega de classe Robert Lachenay, seu grande amigo na infância. Aos 14, Truffaut abandonou a escola definitivamente e passou a viver de pequenos trabalhos e alguns furtos. A paixão pelo cinema fez o jovem Truffaut fundar, em 1947, um cine-clube, chamado "Cercle cinémane". Aquela era uma época de enorme efervencência cultural na França pós-II Guerra Mundial, e os cineclubes, lotados, eram o local para se assistir às projeções e discuti-las depois. Mas o "Cercle" não teria vida longa, já que ele concorria com o"Travail et culture", cine-clube do escritor e crítico de cinema André Bazin. Bazin soube que o "Cercle" estava à beira da falência e foi conhecer Truffaut. Sensibilizado com o menino cinéfilo, o crítico tornar-se-ia uma espécie de "pai" para François.
A influência de Bazin na vida de François Truffaut foi decisiva. O jovem tornou-se autodidata, esforçando-se para ver três filmes por dia e ler três livros por semana. Ele até chegou a fazer um acordo com o pai adotivo, que lhe custearia despesas derivadas de sua vida cinéfila.
Em troca, Roland Truffaut exigiu que François arrumasse um emprego estável e abandonasse o seu cine-clube de vez. Mas o garoto descumpriu o acordo, e Roland Truffaut internou-o em um reformatório juvenil de Villejuif, e passou sua custódia para a polícia. Os psicólogos do reformatório contactaram Andre Bazin, que prometeu dar um emprego a François no "Travail et culture". Sob liberdade condicional, Truffaut foi internado em um lar religioso de Versailles, mas seis meses depois foi expulso por mau.
(pt.wikipedia.org/wiki/François_Truffaut)
AÇÕES CONTRA AS DESIGUALDADES SOCIAIS
AÇÕES INDIVIDUAIS
http://ongmds.blogspot.com/
ACÕES NACIONAIS
Ministério do Desenvovimento Social e combate a Fome - MDS
http://www.mds.gov.br/
AÇÕES INTERNACIONAIS
UNICEF
http://www.unicef.org/brazil/pt/
http://ongmds.blogspot.com/
ACÕES NACIONAIS
Ministério do Desenvovimento Social e combate a Fome - MDS
http://www.mds.gov.br/
AÇÕES INTERNACIONAIS
UNICEF
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Liberdade
A liberdade é explicitade de uma maneira muito linda, no livro de Jorge Amado"Capitães da Areia".Essa liberdade defendida nas histórias narradas no livro, alude de uma forma rica e delicada como as ruas de Salvador eram os cenários de histórias de meninos que se imbricavam e e se separavam ao mesmo tempo. Meninos valentes e destemidos pela força insuperável de viver e deixar sua marca de luta, de honra e de amor. Os capitães da Areia é uma obra literária brasileira de uma preciosidade muito grande, pois, nela encontramos relatos e histórias que remontam a sociedade daquela época de uma maneira fascinante e contagiosa.
Capitães da Areia
De um inicio atribulado a uma carreia de sucessos , assim se resume a crônica de Capitães da Areia , hoje uma das obras mais apreciadas por seus leitores tanto no Brasil quanto no exterior.Publicada em 1937, pouco depois de implantado o Estado Novo, o livro teve a primeira edição apreendida e exemplares queimados em praça pública de Salvador por autoridades da ditadura . Mas como Fênix , ressurgiu das cinzas quando a nova ediçao em 1944 marcou época na vida literária barsileira . A partir de então sucederam-se as ediçoes ,nacionais em idiomas estrangeiros , e as adptações para rádio , teatro e cinema . Patético documento sobre a vida dos meninos abandonados nas ruas de Salvador, Jorge Amado a descreve em paginas carregadas de uma beleza, dramaticidade e lirismo poucas vezes igualadas na literatura universal.Dividido em três partes o livro atinge o clímax inesquecível no capítulo"Canção da Bahia, Canção da Liberdade "em que é narrado a emocionante despedida de um dos personagens da história , marcante criação do autor , que se afasta dos seus queridos Capitães da Areia " na noite misteriosa das macumbas , enquanto os atabaques ressoam como clarins de guerra" (Jorge Amado 1912-2001.Capitães da Areia romance ; ilustraçoes.115 edição Rio de Janeiro.Record , 2004)
De um inicio atribulado a uma carreia de sucessos , assim se resume a crônica de Capitães da Areia , hoje uma das obras mais apreciadas por seus leitores tanto no Brasil quanto no exterior.Publicada em 1937, pouco depois de implantado o Estado Novo, o livro teve a primeira edição apreendida e exemplares queimados em praça pública de Salvador por autoridades da ditadura . Mas como Fênix , ressurgiu das cinzas quando a nova ediçao em 1944 marcou época na vida literária barsileira . A partir de então sucederam-se as ediçoes ,nacionais em idiomas estrangeiros , e as adptações para rádio , teatro e cinema . Patético documento sobre a vida dos meninos abandonados nas ruas de Salvador, Jorge Amado a descreve em paginas carregadas de uma beleza, dramaticidade e lirismo poucas vezes igualadas na literatura universal.Dividido em três partes o livro atinge o clímax inesquecível no capítulo"Canção da Bahia, Canção da Liberdade "em que é narrado a emocionante despedida de um dos personagens da história , marcante criação do autor , que se afasta dos seus queridos Capitães da Areia " na noite misteriosa das macumbas , enquanto os atabaques ressoam como clarins de guerra" (Jorge Amado 1912-2001.Capitães da Areia romance ; ilustraçoes.115 edição Rio de Janeiro.Record , 2004)
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