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quarta-feira, 3 de novembro de 2010

François Truffaut (Paris, 6 de Fevereiro de 1932Neuilly-sur-Seine, 21 de Outubro de 1984) foi um cineasta francês. Um dos fundadores do movimento cinematográfico conhecido como Nouvelle Vague e um dos maiores ícones da história do cinema do século XX, em quase 25 anos de carreira como diretor Truffaut dirigiu 26 filmes, conseguindo conciliar um grande sucesso de público e de crítica na maior parte deles. Os temas principais de sua obra foram as mulheres, a paixão e a infância. Além da direção cinematográfica, ele foi também roteirista, produtor e ator.

Infância

François Truffaut nasceu no início dos anos 1930, filho de Roland Lévy e Jeanine de Montferrand. O garoto jamais conheceu o pai biológico e foi criado pelos avós maternos - já que a mãe o rejeitara. O avô era um homem rígido, enquanto a avó despertou no menino a paixão pela literatura e música. Com sete anos, François viu o primeiro filme no cinema, Paradis perdu, de Abel Gance. Dali em diante, interessou-se assiduamente pela sétima arte. Aos 10 anos, François perdeu a avó e foi morar com a mãe, que estava casada com Roland Truffaut, um arquiteto católico.
Este acabou registrando o garoto com o seu sobrenome. Foi o período mais difícil da infância de Truffaut. Rechaçado tanto pelo pai adotivo quanto pela mãe, seu espírito rebelde transformou-o em um mau aluno na escola e induziu-o a cometer alguns atos de deliquência, como pequenos furtos. Esta fase de convívio com os pais inspiraria Truffaut em seu primeiro trabalho cinematográfico, o autobiográfico
Os Incompreendidos/Os 400 golpes.
Naquele tempo, François Truffaut costumava matar aula para assistir a muitos filmes secretamente, muitas vezes com o colega de classe Robert Lachenay, seu grande amigo na infância. Aos 14, Truffaut abandonou a escola definitivamente e passou a viver de pequenos trabalhos e alguns furtos. A paixão pelo cinema fez o jovem Truffaut fundar, em
1947, um cine-clube, chamado "Cercle cinémane". Aquela era uma época de enorme efervencência cultural na França pós-II Guerra Mundial, e os cineclubes, lotados, eram o local para se assistir às projeções e discuti-las depois. Mas o "Cercle" não teria vida longa, já que ele concorria com o"Travail et culture", cine-clube do escritor e crítico de cinema André Bazin. Bazin soube que o "Cercle" estava à beira da falência e foi conhecer Truffaut. Sensibilizado com o menino cinéfilo, o crítico tornar-se-ia uma espécie de "pai" para François.
A influência de Bazin na vida de François Truffaut foi decisiva. O jovem tornou-se autodidata, esforçando-se para ver três filmes por dia e ler três livros por semana. Ele até chegou a fazer um acordo com o pai adotivo, que lhe custearia despesas derivadas de sua vida cinéfila.
Em troca, Roland Truffaut exigiu que François arrumasse um emprego estável e abandonasse o seu cine-clube de vez. Mas o garoto descumpriu o acordo, e Roland Truffaut internou-o em um reformatório juvenil de
Villejuif, e passou sua custódia para a polícia. Os psicólogos do reformatório contactaram Andre Bazin, que prometeu dar um emprego a François no "Travail et culture". Sob liberdade condicional, Truffaut foi internado em um lar religioso de Versailles, mas seis meses depois foi expulso por mau.
(pt.wikipedia.org/wiki/François_Truffaut)

Um comentário:

  1. François Truffaut, retratou sua infância ao ecrever o filme "Os incompreendidos" (1959).

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